Como Comprar Criptomoedas no Brasil: Guia Passo a Passo

Investir em criptomoedas pode ser empolgante — e também confuso no começo. Neste guia prático você vai encontrar um passo a passo claro para comprar Bitcoin, Ethereum e outras moedas no Brasil, junto com dicas de segurança, custos e obrigações fiscais. Vamos lá!

CRIPTOMOEDAS

Thiago Sales

9/24/20254 min read

Por que comprar criptomoedas?

Criptomoedas oferecem acesso a um mercado global, possibilitam transferências rápidas e abrem portas para novas formas de investimento (staking, DeFi, NFTs). Mas lembre: são ativos voláteis — faça sua alocação com cuidado e nunca invista o que não pode perder.

Palavras-chave: comprar criptomoedas no Brasil, como comprar Bitcoin, exchange, carteira digital.

Antes de começar — prepare seu básico

  1. Defina seu objetivo: curto prazo (trading), longo prazo (HODL), renda passiva (staking) ou diversificação.

  2. Eduque-se: entenda volatilidade, ordens de compra (market vs. limit) e riscos.

  3. Tenha controle das finanças: só invista dinheiro que não comprometa seu fundo de emergência.

Passo 1 — Escolha uma exchange confiável

No Brasil existem exchanges locais e plataformas internacionais que atendem brasileiros. Ao escolher, avalie:

  • Segurança e histórico da plataforma.

  • Liquidez (facilidade para comprar e vender).

  • Taxas (depositar, corretagem, saque).

  • Meios de depósito em BRL (PIX, TED, boleto).

  • Atendimento e reputação.

Exchanges conhecidas no Brasil incluem opções com serviços locais (depósito em reais) e grandes players internacionais com operações para brasileiros. Antes de decidir, pesquise e leia avaliações recentes. (Ex.: plataformas brasileiras populares disponibilizam páginas com passos para comprar ativos). MB | Mercado Bitcoin+1

Passo 2 — Abra conta e passe pelo KYC (verificação)

Depois de escolher a exchange:

  1. Cadastre-se com e-mail.

  2. Faça o processo de verificação (KYC): foto do documento, comprovante de residência e selfie — é padrão e aumenta a segurança da plataforma.

  3. Habilite autenticação de dois fatores (2FA) antes de depositar.

Dica: use senhas únicas e um gerenciador de senhas.

Passo 3 — Deposite reais (PIX/TED/boleto)

A maioria das exchanges brasileiras aceita PIX — é o método mais rápido e barato. Também há opções via TED ou boleto. Confira as taxas e prazos na sua corretora.

Passo 4 — Faça sua primeira compra (market ou limit)

  • Ordem Market (compra à mercado): execução imediata ao preço corrente — bom para iniciantes.

  • Ordem Limit (compra limitada): você define o preço desejado; a ordem executa quando esse preço é atingido — útil para controlar o preço de entrada.

Comece com valores pequenos até entender o fluxo da plataforma.

Passo 5 — Onde guardar suas criptomoedas? Custódia vs. controle próprio

  • Custódia na exchange (mais prático): a corretora guarda suas moedas — fácil, mas você depende da segurança dela.

  • Carteira não custodial (wallet): você controla as chaves privadas — maior responsabilidade, mas mais controle.

  • Hardware wallet (carteira física): recomendado para valores maiores; é a opção mais segura para armazenamento de longo prazo.

Regra prática: para pequenas operações e trading frequente, deixar parte na exchange é comum; para valores relevantes (> alguns milhares de reais), transfira ao menos parte para uma hardware wallet. Nunca compartilhe sua chave privada ou seed phrase.

Passo 6 — Estratégias simples de entrada

  • DCA (Dollar-Cost Averaging): invista uma quantia fixa em intervalos regulares (ex.: todo mês). Reduz o risco de “entrar na alta”.

  • Alocação por objetivos: reserve uma parte para ativos mais estáveis (stablecoins/Tesouro), outra para crescimento (Bitcoin, altcoins) e uma parcela em experimental (DeFi, NFTs).

  • Rebalanceamento anual: ajuste sua carteira para manter risco alinhado ao objetivo.

Passo 7 — Segurança e prevenção de fraudes

  • Ative 2FA (Google Authenticator, Authy).

  • Desconfie de links por e-mail e SMS: use sempre o site oficial.

  • Verifique URL e certificado HTTPS.

  • Cuidado com ofertas “garantidas” de retorno — golpes são comuns.

  • Guarde a seed phrase offline (lembre: quem tem a seed tem seus criptoativos).

Passo 8 — Entenda custos e impostos no Brasil

Taxas: exchanges cobram spreads, taxas por saque e tarifas sobre ordens. Compare antes de operar.

Tributação e declaração: no Brasil há regras específicas para criptoativos. A Receita Federal exige que operações com criptoativos sejam informadas e as exchanges domiciliadas no país enviem informações sobre usuários anualmente. Além disso, ganhos de capital com venda de cripto podem ser tributáveis dependendo do montante negociado no mês. Para operações e obrigações há prazos e limites que devem ser observados — por exemplo, as exchanges brasileiras devem prestar informações à Receita, e operações com alienação acima de certo limite mensal são tributáveis. Verifique sempre as regras vigentes e guarde todos os comprovantes de compra e venda. Serviços e Informações do Brasil+1

Declaração no IR: criptoativos devem ser informados na ficha “Bens e Direitos” do IR (código específico para criptoativos) quando ultrapassam os limites estabelecidos — confirme os critérios do ano-base na instrução normativa da Receita. Para detalhes passo a passo, consulte fontes oficiais e/ou um contador. InfoMoney

Importante: regras fiscais mudam com frequência. Sempre confirme no site da Receita Federal ou com seu contador antes de entregar a declaração.

Passo 9 — Evolua com responsabilidade (staking, DeFi, NFTs)

Depois de entender a base, você pode explorar:

  • Staking: bloquear algumas moedas para ajudar a rede e receber recompensas.

  • DeFi: protocolos de empréstimo/earning — ótimo potencial, mas atenção a riscos (bugs, exploits).

  • NFTs e metaverso: ativos digitais colecionáveis — mais alto risco/especulação.

Teste com pequenas quantias e entenda taxas de rede (gas fees) antes de operar.

Erros comuns e como evitá-los

  • Não guardar comprovantes (compre e guarde recibos).

  • Manter tudo em uma única exchange (diversifique custódia).

  • Correr atrás de “altcoins” sem estudar o projeto.

  • Acreditar em promessas de retorno garantido — se parece bom demais, provavelmente é golpe.

Checklist rápido antes de comprar

  • Objetivo definido (curto/longo prazo).

  • Exchange confiável escolhida.

  • Conta verificada (KYC) e 2FA ativado.

  • Pequeno aporte inicial para testar processo.

  • Carteira externa preparada para valores grandes.

  • Documentos e notas de compra salvos para IR.

Conclusão — começa com passos pequenos e consistentes

Comprar criptomoedas no Brasil é direto quando você segue etapas claras: escolha da exchange, verificação, depósito, compra e segurança (wallets/backup). Qualquer que seja sua estratégia — DCA, HODL ou trade ativo — priorize educação, segurança e conformidade fiscal.

Fontes e leituras recomendadas